Municípios
brasileiros
A capital do boné
Dista 369
quilômetros da capital do estado, Curitiba. Com uma
população estimada, em 2011, em 121.924 habitantes, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, é a décima-primeira cidade mais populosa
do Paraná. A cidade é também conhecida como "Cidade Alta" e
reconhecida como capital nacional do boné.
"Apucarana"
é um nome de origem tupi-gurani, usado pelos índios guaianases, que significa "semelhante à própria
floresta"
(apó = base; caarã = semelhante à floresta;
anã = imensa).
A região onde se localiza Apucarana foi colonizada pela Companhia
Inglesa de Terras Norte do Paraná, a exemplo de Londrina e Maringá. Os colonizadores teriam chegado por volta de
1930. No ano de 1938, Apucarana foi elevada à categoria de vila. Em 28 de
janeiro de 1944, Apucarana foi elevada a município, sendo seu primeiro prefeito
o coronel Luís José dos Santos.
Em função do
sucesso econômico dos anos 1940 a 1970, obtido graças aos ciclos madeireiro,
cafeeiro e da atividade comercial cerealista, a cidade rapidamente se tornou um
centro comercial dinâmico, referência de serviços e comércio de bens de todo o
vale do Ivaí (na época, uma próspera região agrícola) e dotada de uma ampla
rede bancária. A base econômica do desbravamento foi a atividade madeireira,
que representou o berço da atividade industrial da cidade e abriu espaço para a
agricultura. O rápido crescimento se deu pela migração, de paulistas em sua
maioria, porém com contingentes ainda importantes de mineiros e baianos. Também
foi muito significativa a imigração de portugueses, ucranianos, poloneses,
alemães e japoneses.
Ao momento em que
entrava em declínio gradual a exploração da madeira, se instalou a cafeicultura
e o rico comércio de grãos, fomentado estrategicamente pelas facilidades
logísticas da cidade, um entroncamento rodoviário e férreo, convergindo o
transporte da produção agrícola de todo o norte do Paraná para os canais
exportadores de Santos e
depois Paranaguá. Com a
Rodovia do Café que ligava Apucarana à capital do estado do Paraná, Curitiba,
inaugurada pelo então governador Ney Braga.
A prosperidade
sofreu um profundo impacto do fim do ciclo cafeeiro, precipitado pela
desastrosa geada de julho de 1975. O colapso da atividade cafeeira intensiva
desempregou a grande população rural associada a ela, e em poucos anos o núcleo
urbano (até então com 60 000 habitantes) quase dobrou de população, chegando a
se favelizar.
Iniciou-se um círculo vicioso de
perda recursos humanos qualificados e capital. As empresas cerealistas fecharam
suas portas ou se transferiram para outras cidades.
Em face à
sobrecarga de problemas sociais, sucessivas administrações municipais tiveram
que dar total prioridade à manutenção e ampliação da infraestrutura
habitacional e de sistemas de amparo social, em detrimento de um foco maior em
políticas de fomento industrial.
A depressão
econômica persistiu por pelo menos uma década, até o meio dos anos 1980, quando
os galpões abandonados da região da Barra Funda e os altos índices de
desemprego ofereceram condições de baixo
custo para o começo da indústria do boné e algumas empresas de vestuário. Foram
organizadas pequenas zonas industriais setorizadas que serviram melhor ao
parque moageiro e incentivaram outras empresas de porte médio a se instalarem
no município. Os serviços comerciais, de saúde e de educação continuavam atraentes
e, lentamente, começou a se recuperar a construção civil.
A lenta, mas
contínua, recuperação se manteve desde então. Melhoras expressivas da
infraestrutura se refletiram na melhor qualidade da pavimentação asfáltica
(ainda é um sério problema) da rede de água encanada, na expansão da cobertura
de esgoto e no desvio do trânsito de cargas do perímetro.
Ocorreu um
significativo progresso urbanístico, com parques de lazer como os lagos Jaboti
e da Raposa, a sofisticada reforma da praça da matriz, o calçadão do 28, entre
outras melhorias. O comércio da região central voltou a atrair investimentos e
consumidores da região, e teve importante diversificação. Depois de décadas de
empobrecimento e perda de prestígio, no início deste século Apucarana voltou a
crescer como as principais cidades do eixo norte-paranaense e, apesar da longa
crise, nunca deixou de ser um dos 20 mais ricos municípios do estado.
Apucarana ainda é sede de umas das primeiras emissoras do Paraná. Afiliada ao SBT, a TV Tibagi, emissora da Rede Massa de Comunicação, com cinco geradores no estado, tem a maior área de cobertura, com mais de 200 municípios cobertos. Em 2008, um incêndio destruiu a sede da emissora, em Apucarana. Mas, logo foi construído um novo prédio. Hoje, embora TV Tibagi tenha se expandido suas atividades em outras localidades, como Maringá, a equipe de Apucarana voltou a produzir programas locais, com foco no Vale do Ivaí. A emissora é uma vitrine para a cidade e ajuda no fortalecimento do comércio local.
Apucarana ainda é sede de umas das primeiras emissoras do Paraná. Afiliada ao SBT, a TV Tibagi, emissora da Rede Massa de Comunicação, com cinco geradores no estado, tem a maior área de cobertura, com mais de 200 municípios cobertos. Em 2008, um incêndio destruiu a sede da emissora, em Apucarana. Mas, logo foi construído um novo prédio. Hoje, embora TV Tibagi tenha se expandido suas atividades em outras localidades, como Maringá, a equipe de Apucarana voltou a produzir programas locais, com foco no Vale do Ivaí. A emissora é uma vitrine para a cidade e ajuda no fortalecimento do comércio local.
Mesmo com o
declínio após a ciclo de geadas dos anos 1960 e 1970, o café ainda é um
importante produto agrícola da região, sendo ainda o que mais gera renda na
atividade agrícola do município.
Com uma área menos
expressiva que em outros municípios, que fosse adequada para o plantio, mesmo
assim a soja ocupa um lugar de destaque na agricultura, sendo apenas lentamente
superada pelo milho em anos recentes. O feijão, por ser cultura de rápido
desenvolvimento, é plantado em alternância com as demais culturas.
Cidade de destaque
nacional como polo na área de brindes, principalmente na fabricação de bonés,
que gera milhares de empregos. Centro de Produção e Industrialização de
derivados de milho que abastece diversas cidades do país. Centro de
industrialização de couro que gera milhares de empregos, diretos e indiretos e
têm seus produtos exportados para diversos países, responsável pela quase
totalidade da exportação desse produto pelo Paraná e por 3% do total
brasileiro.
O atual teatro,
hoje sob administração municipal, foi a maior sala de cinema da cidade entre as
décadas de 1960 a 1990. Hoje transformado em centro cultural, o grande
auditório recebe eventos de porte e apresentações de teatro, balé e música,
tendo recebido, recentemente, o Balé Folclórico da Ucrânia, a Orquestra
Sinfônica do Paraná, além de outros importantes grupos artísticos nacionais.
São também aqui realizadas as cerimônias oficiais de formatura das diversas
escolas de nível médio, pós-médio e superior da cidade.
Templo
Budista Apucarana Nambei Honganji
Flor
Cerejeira - ACEA
Localizada na
moderna e ampla Praça Rui Barbosa, inspirada nas pizzas italianas,
a catedral é imponente, sendo a sua nave interna a maior entre todas as igrejas
paranaenses. Observamos, na fachada frontal, as imagens de São Pedro e São
Paulo, com Nossa Senhora de Lourdes ao alto da torre do campanário. No interior
da igreja, vale a pena observar o grande e belo afresco localizado ao fundo do
altar, representando o cortejo do Cristo ascendendo aos céus. Não se pode
deixar de notar, em meio ao cenário clássico, detalhes de inspiração
"setentista" do autor, que representou anjos tocando bateria e outros
instrumentos modernos, ao lado das tradicionais trombetas celestes.
Além de ser o local
da catedral, a praça ainda conta com o espaço comunitário e o platô, hoje em
forma de teatro de arena, no passado frequente palco de shows das
bandas da cidade e internacionais, como o grande espetáculo Cassino de Sevilha.
Aproveitando as
belezas naturais, o clima e a posição geográfica do município, Apucarana
transformou um local de erosão em um parque temático religioso. Trata-se do
projeto de recuperação e preservação da nascente do Córrego Jaboti, que
culminou no Parque Ecológico Santo Expedito. Desde meados de 2004, todos os
dias 19, centenas de fiéis de Apucarana e região participam de Santa Missa (ao
ar livre) em homenagem ao Santo. O parque é o marco inicial de implementação do
"Caminho das Águas: Circuito da Fé", que visa unir religiosidade e
meio ambiente de forma harmônica. Todo dia 19 de abril, é realizada a Festa
Nacional de Santo Expedito, atraindo fiéis de todas as partes do País.
Reconhecida e
respeitada em todo o Paraná por sua tradicional devoção católica, a cidade de
Apucarana tem o privilégio de ser a sede do primeiro e único Santuário de São
José no País. Instalado oficialmente em 2001, tem atraído milhares de fiéis. O
maior número de devotos é registrado no mês de março, quando da realização da
Festa de São José (padroeiro dos artesãos). A rotina da cidade é quebrada com
muita alegria e religiosidade. Durante os dias de festa, os devotos conhecem
mais sobre a vida de São José. Missas temáticas, pregações, livros e filmes
ajudam nesse ponto. Igreja dos padres Josefinos (Oblatos São José). Situa-se na
rua Dom José Marello.
Todos os anos
milhares de pessoas comparecem à Associação Cultural e Esportiva de Apucarana
(Acea) para, em um grande evento, promover a integração da comunidade
nipo-brasileira da cidade e região. Na tradicional Festa da Cerejeira, muitas
são as opções de diversão e concretização de negócios. A extensa programação
inclui, entre outras coisas, praça de alimentação, feiras da indústria,
comércio e construção civil, atrações artísticas, exposição de veículos
nacionais e importados. O evento perpetua a cultura japonesa, como a realização
de iquebanas (arranjos florais), por exemplo. A florada da cerejeira em
Apucarana teve início com o plantio de cem mudas da árvore pelo Matsumikai -
grupo dos idosos da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea).
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