terça-feira, 7 de outubro de 2014

APUCARANA – PARANÁ

Municípios brasileiros

A capital do boné


Apucarana é um município localizado no centro-norte do estado do ParanáBrasil.
Dista 369 quilômetros da capital do estado, Curitiba. Com uma população estimada, em 2011, em 121.924 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é a décima-primeira cidade mais populosa do Paraná. A cidade é também conhecida como "Cidade Alta" e reconhecida como capital nacional do boné.
"Apucarana" é um nome de origem tupi-gurani, usado pelos índios guaianases, que significa "semelhante à própria floresta"
 (apó = base; caarã = semelhante à floresta; anã = imensa).

A região onde se localiza Apucarana foi colonizada pela Companhia Inglesa de Terras Norte do Paraná, a exemplo de Londrina e Maringá. Os colonizadores teriam chegado por volta de 1930. No ano de 1938, Apucarana foi elevada à categoria de vila. Em 28 de janeiro de 1944, Apucarana foi elevada a município, sendo seu primeiro prefeito o coronel Luís José dos Santos.


Em função do sucesso econômico dos anos 1940 a 1970, obtido graças aos ciclos madeireiro, cafeeiro e da atividade comercial cerealista, a cidade rapidamente se tornou um centro comercial dinâmico, referência de serviços e comércio de bens de todo o vale do Ivaí (na época, uma próspera região agrícola) e dotada de uma ampla rede bancária. A base econômica do desbravamento foi a atividade madeireira, que representou o berço da atividade industrial da cidade e abriu espaço para a agricultura. O rápido crescimento se deu pela migração, de paulistas em sua maioria, porém com contingentes ainda importantes de mineiros e baianos. Também foi muito significativa a imigração de portugueses, ucranianos, poloneses, alemães e japoneses.


Ao momento em que entrava em declínio gradual a exploração da madeira, se instalou a cafeicultura e o rico comércio de grãos, fomentado estrategicamente pelas facilidades logísticas da cidade, um entroncamento rodoviário e férreo, convergindo o transporte da produção agrícola de todo o norte do Paraná para os canais exportadores de Santos e depois Paranaguá. Com a Rodovia do Café que ligava Apucarana à capital do estado do Paraná, Curitiba, inaugurada pelo então governador Ney Braga.
A prosperidade sofreu um profundo impacto do fim do ciclo cafeeiro, precipitado pela desastrosa geada de julho de 1975. O colapso da atividade cafeeira intensiva desempregou a grande população rural associada a ela, e em poucos anos o núcleo urbano (até então com 60 000 habitantes) quase dobrou de população, chegando a se favelizar.


Iniciou-se um círculo vicioso de perda recursos humanos qualificados e capital. As empresas cerealistas fecharam suas portas ou se transferiram para outras cidades.
Em face à sobrecarga de problemas sociais, sucessivas administrações municipais tiveram que dar total prioridade à manutenção e ampliação da infraestrutura habitacional e de sistemas de amparo social, em detrimento de um foco maior em políticas de fomento industrial.


A depressão econômica persistiu por pelo menos uma década, até o meio dos anos 1980, quando os galpões abandonados da região da Barra Funda e os altos índices de desemprego ofereceram condições de baixo custo para o começo da indústria do boné e algumas empresas de vestuário. Foram organizadas pequenas zonas industriais setorizadas que serviram melhor ao parque moageiro e incentivaram outras empresas de porte médio a se instalarem no município. Os serviços comerciais, de saúde e de educação continuavam atraentes e, lentamente, começou a se recuperar a construção civil.
A lenta, mas contínua, recuperação se manteve desde então. Melhoras expressivas da infraestrutura se refletiram na melhor qualidade da pavimentação asfáltica (ainda é um sério problema) da rede de água encanada, na expansão da cobertura de esgoto e no desvio do trânsito de cargas do perímetro.


Ocorreu um significativo progresso urbanístico, com parques de lazer como os lagos Jaboti e da Raposa, a sofisticada reforma da praça da matriz, o calçadão do 28, entre outras melhorias. O comércio da região central voltou a atrair investimentos e consumidores da região, e teve importante diversificação. Depois de décadas de empobrecimento e perda de prestígio, no início deste século Apucarana voltou a crescer como as principais cidades do eixo norte-paranaense e, apesar da longa crise, nunca deixou de ser um dos 20 mais ricos municípios do estado.
Apucarana ainda é sede de umas das primeiras emissoras do Paraná. Afiliada ao SBT, a TV Tibagi, emissora da Rede Massa de Comunicação, com cinco geradores no estado, tem a maior área de cobertura, com mais de 200 municípios cobertos. Em 2008, um incêndio destruiu a sede da emissora, em Apucarana. Mas, logo foi construído um novo prédio. Hoje, embora TV Tibagi tenha se expandido suas atividades em outras localidades, como Maringá, a equipe de Apucarana voltou a produzir programas locais, com foco no Vale do Ivaí. A emissora é uma vitrine para a cidade e ajuda no fortalecimento do comércio local.
Mesmo com o declínio após a ciclo de geadas dos anos 1960 e 1970, o café ainda é um importante produto agrícola da região, sendo ainda o que mais gera renda na atividade agrícola do município.


Com uma área menos expressiva que em outros municípios, que fosse adequada para o plantio, mesmo assim a soja ocupa um lugar de destaque na agricultura, sendo apenas lentamente superada pelo milho em anos recentes. O feijão, por ser cultura de rápido desenvolvimento, é plantado em alternância com as demais culturas.
Cidade de destaque nacional como polo na área de brindes, principalmente na fabricação de bonés, que gera milhares de empregos. Centro de Produção e Industrialização de derivados de milho que abastece diversas cidades do país. Centro de industrialização de couro que gera milhares de empregos, diretos e indiretos e têm seus produtos exportados para diversos países, responsável pela quase totalidade da exportação desse produto pelo Paraná e por 3% do total brasileiro.
O atual teatro, hoje sob administração municipal, foi a maior sala de cinema da cidade entre as décadas de 1960 a 1990. Hoje transformado em centro cultural, o grande auditório recebe eventos de porte e apresentações de teatro, balé e música, tendo recebido, recentemente, o Balé Folclórico da Ucrânia, a Orquestra Sinfônica do Paraná, além de outros importantes grupos artísticos nacionais. São também aqui realizadas as cerimônias oficiais de formatura das diversas escolas de nível médio, pós-médio e superior da cidade.

Templo Budista Apucarana Nambei Honganji

Flor Cerejeira - ACEA

Localizada na moderna e ampla Praça Rui Barbosa, inspirada nas pizzas italianas, a catedral é imponente, sendo a sua nave interna a maior entre todas as igrejas paranaenses. Observamos, na fachada frontal, as imagens de São Pedro e São Paulo, com Nossa Senhora de Lourdes ao alto da torre do campanário. No interior da igreja, vale a pena observar o grande e belo afresco localizado ao fundo do altar, representando o cortejo do Cristo ascendendo aos céus. Não se pode deixar de notar, em meio ao cenário clássico, detalhes de inspiração "setentista" do autor, que representou anjos tocando bateria e outros instrumentos modernos, ao lado das tradicionais trombetas celestes.


Além de ser o local da catedral, a praça ainda conta com o espaço comunitário e o platô, hoje em forma de teatro de arena, no passado frequente palco de shows das bandas da cidade e internacionais, como o grande espetáculo Cassino de Sevilha.
Aproveitando as belezas naturais, o clima e a posição geográfica do município, Apucarana transformou um local de erosão em um parque temático religioso. Trata-se do projeto de recuperação e preservação da nascente do Córrego Jaboti, que culminou no Parque Ecológico Santo Expedito. Desde meados de 2004, todos os dias 19, centenas de fiéis de Apucarana e região participam de Santa Missa (ao ar livre) em homenagem ao Santo. O parque é o marco inicial de implementação do "Caminho das Águas: Circuito da Fé", que visa unir religiosidade e meio ambiente de forma harmônica. Todo dia 19 de abril, é realizada a Festa Nacional de Santo Expedito, atraindo fiéis de todas as partes do País.
Reconhecida e respeitada em todo o Paraná por sua tradicional devoção católica, a cidade de Apucarana tem o privilégio de ser a sede do primeiro e único Santuário de São José no País. Instalado oficialmente em 2001, tem atraído milhares de fiéis. O maior número de devotos é registrado no mês de março, quando da realização da Festa de São José (padroeiro dos artesãos). A rotina da cidade é quebrada com muita alegria e religiosidade. Durante os dias de festa, os devotos conhecem mais sobre a vida de São José. Missas temáticas, pregações, livros e filmes ajudam nesse ponto. Igreja dos padres Josefinos (Oblatos São José). Situa-se na rua Dom José Marello.


Todos os anos milhares de pessoas comparecem à Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea) para, em um grande evento, promover a integração da comunidade nipo-brasileira da cidade e região. Na tradicional Festa da Cerejeira, muitas são as opções de diversão e concretização de negócios. A extensa programação inclui, entre outras coisas, praça de alimentação, feiras da indústria, comércio e construção civil, atrações artísticas, exposição de veículos nacionais e importados. O evento perpetua a cultura japonesa, como a realização de iquebanas (arranjos florais), por exemplo. A florada da cerejeira em Apucarana teve início com o plantio de cem mudas da árvore pelo Matsumikai - grupo dos idosos da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea).

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