Louis
Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 — Marnes-la-Coquette, 28 de setembro de 1895) foi
um cientista francês. Suas descobertas tiveram enorme importância
na história da química e da medicina.
É lembrado por suas notáveis descobertas das causas
e prevenções de doenças. Entre seus
feitos mais notáveis pode-se citar a
redução da mortalidade e a criação da primeira vacina contra a raiva. Seus experimentos deram fundamento para a teoria microbiológica da doença. Foi mais
conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que leite e
vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Ele é considerado um dos três principais
fundadores da microbiologia,
juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch.
Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. Seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris, em um mausoléu decorado por mosaicos em estilo bizantino que lembram suas realizações.
Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. Seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris, em um mausoléu decorado por mosaicos em estilo bizantino que lembram suas realizações.
Seu pai foi
sargento da Armada Napoleônica. Pasteur
não foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na
universidade em que estudou. Quando era jovem, tinha um gosto especial
pela pintura e fez diversos retratos de sua família. Aos dezenove anos,
abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, que perdurou por
toda a sua vida. Em 1847 ele completou seus estudos de doutorados na escola de
física e química em Paris.
Iniciou
seus estudos no Colégio Royal em Besançon,
transferindo-se para a Escola Normal Superior em 1843 de Paris estudando química, física e cristalografia. Foi
na cristalogia que Pasteur fez suas primeiras descobertas. Descobriu em 1848 o
dimorfismo do ácido tartárico, ao observar no microscópio que
o ácido racêmico apresentava dois tipos de cristais, com
simetria especular. Foi o
descobridor das formas dextrógiras e
levógiras, comprovando que desviavam o plano de polarização da luz no mesmo
ângulo, porém em sentido contrário. Esta
descoberta valeu ao jovem químico, com apenas 26 anos de idade, a concessão da
"Légion d'Honneur" Francesa.
Após
licenciar-se e assistir às aulas do grande químico francês Jean-Baptiste Dumas, começou a se interessar pela química.
Exerceu o
cargo de professor de química em Dijon e
depois em Estrasburgo. Casou-se
com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia. Em 1854 foi nomeado decano
da Faculdade de Ciências na Universidade de Lille.
A pedido
dos vinicultores e cervejeiros da região começou a investigar a razão pela qual
azedavam os vinhos e a cerveja. De novo, utilizando o microscópio, conseguiu
identificar a bactéria responsável
pelo processo. Propôs eliminar o problema aquecendo a bebida lentamente até
alcançar 48° C, matando,
deste modo, as bactérias, e encerrando o líquido posteriormente em cubas
hermeticamente seladas para evitar uma nova contaminação. Este processo
originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos.
Demonstrou, desta forma, que todo processo de fermentação e
decomposição orgânica ocorre devido à ação de organismos vivos.
Na Inglaterra, em 1865,
o cirurgião Joseph Lister aplicou os conhecimentos de Pasteur para
eliminar os micro-organismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Em
1871, o próprio Pasteur obrigou os médicos dos hospitais militares a ferver o
instrumental e as bandagens que seriam utilizados nos procedimentos médicos.
Expôs a
"teoria germinal das enfermidades infecciosas", segundo a qual toda
enfermidade infecciosa tem sua causa (etiologia) num micróbio com
capacidade de propagar-se entre as pessoas. Deve-se buscar o micróbio
responsável por cada enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo.
Pasteur
passou a investigar os microscópicos agentes patogênicos, terminando por
descobrir vacinas, em
especial a antirrábica. Fundou em 1888 o Instituto Pasteur, um dos
mais famosos centros de pesquisa da atualidade.
Pasteur foi
quem derrubou definitivamente a ideia da geração espontânea aristotélica, com a
utilização de uma vidraria chamada
pescoço de cisne. Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de
pescoço curvo. Ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar
todos os possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o
aquecimento, vapores da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do
balão e se depositaram, sob forma líquida, na sua curvatura inferior.
Como os
frascos ficavam abertos, não se podia falar da impossibilidade da entrada do
"princípio ativo" do ar. Com a curvatura do gargalo, os
micro-organismos do ar ficavam retidos na superfície interna úmida e não
alcançavam o caldo nutritivo.
Quando
Pasteur quebrou o pescoço do balão, permitindo o contato do caldo existente
dentro dele com o ar, constatou que o caldo contaminou-se com os microrganismos
provenientes do ar.
Morreu em
Villeneuve-L'Etang no dia 28 de Setembro de 1895. Encontra-se sepultado
no Instituto Pasteur, Ilha de França, Paris na França.
Citado
muitas vezes como um fervoroso católico, mas,
de acordo com o seu neto Pasteur Vallery-Radot, no entanto, Pasteur só tinha
guardado da sua formação católica uma espiritualidade sem prática religiosa.
Maurice
Vallery-Radot, neto do irmão do genro de Pasteur e católico declarado, assegura
que Pasteur fundamentalmente permaneceu católico. O genro de Pasteur,
provavelmente na mais completa biografia de Louis Pasteur, escreveu o seguinte:
Uma fé absoluta em Deus e na eternidade, e a convicção de que o poder
para o bem dado a nós neste mundo será continuado para além dele, foram
sentimentos que permearam toda a sua vida; as virtudes do Evangelho estiveram
sempre presentes nele. Com o máximo de respeito para com a forma de religião
que tinha sido a dos seus antepassados, ele recorreu simplesmente á religião
naturalmente para ajuda espiritual nestas últimas semanas da sua vida.
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