GRANDES MULHERES DA
HISTÓRIA ANTIGA
Aliava à
beleza possuída, a determinação e a coragem. Nos tempos modernos, escritores,
poetas, pintores, escultores, músicos e cineastas foram pródigos em
apresentá-la como símbolo de beleza e determinação
Mnesarete (em
grego Μνησαρετή) era seu verdadeiro nome, mas
devido à sua tez amarelada, ela foi chamada de Friné (Sapo), apelido
dado por outras cortesãs, no Brasil também é conhecida como Frinéia. Nasceu em Téspias na Beócia mas
acredita-se ter vivido em Atenas, cerca de 400 A.C. Adquiriu tanta riqueza por sua extraordinária beleza que se ofereceu
para reconstruir os muros de Tebas (Grécia), que haviam sido destruído por Alexandre,
o Grande (336 aC), na condição de que as palavras "Destruído
por Alexandre, restaurado por Friné a hetaira", fossem inscritos
em cima deles, as autoridades rejeitaram
a oferta.
Friné na
Celebração à Posidão em Elêusis, Nikolay Pavlenko. Cópia de pintura
de Henryk Siemiradzki, 1889
Vênus
Anadyomene.
Bela e
famosa. Por ocasião de um Festival de Posidão em Elêusis, ela
colocou de lado suas roupas, soltou os cabelos, e entrou nua no mar, à vista do
povo, inspirando o pintor Apeles, em sua grande obra "Afrodite
Anadyomène" (às vezes também retratada como "Vênus Anadyomène"),
para o qual Friné posou como modelo.
Devido à
sua beleza, ela também inspirou mais tarde a pintura do artista Jean-Léon
Gérôme, "Friné devant l'Areopage" (Friné
antes do Areópago, 1861), bem como outras obras de arte ao longo da
história. Ela foi também (segundo alguns), o modelo para a estátua da Afrodite
de Cnido por Praxíteles.
Olavo Bilac poeta brasileiro, membro fundador da Academia
Brasileira de Letras, em sua obra "Sarças de Fogo" descreve o
julgamento da bela Friné na poesia "O Julgamento de Frinéia" em 1888.
Charles Baudelaire, em seus poemas Lesbos e La beauté e Rainer Maria Rilke em
seu poema Die Flamingos foram inspirados pela beleza e fama de Friné.
De um ponto
de vista musical, Friné foi objeto de uma ópera de Camille Saint-Saëns:
Phryne (1893).
No cinema
Friné é referenciada no Filme de 1951 de Alessandro Blasetti, "ALTRI
TEMPI" onde o oitavo e último episódio é "IL PROCESSO DI FRINE"
Pode- se encontrar outras referências à Friné como
o asteróide que foi descoberto em 15 de Setembro de 1933 por Eugène
Joseph Delporte "1291 Phryne".
Friné em
frente ao Areópago, 1861,Jean-Léon Gérôme.
Acusada de
profanar os Mistérios de Elêusis foi defendida pelo orador Hipérides, um de
seus amantes. O discurso de acusação, de acordo com Diodoro periegetes, citado
por Ateneu XIII 591e, foi escrito por Anaxímenes de Lâmpsaco.
Quando Hipérides percebeu
que o veredicto seria desfavorável, rasgou o manto da bela Friné exibindo seus seios,
conseguindo com isso a mudança no julgamento dos juízes que a absolveram. Outra
versão diz que ela mesma tirou suas roupas. A mudança no
julgamento dos juízes não foi simplesmente porque eles ficaram fascinados pela
beleza de seu corpo nu, mas sim porque, naquela época, a beleza física era
muitas vezes vista como um aspecto da divindade ou um sinal de favor divino.
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