Giovanni da Fiesole, nascido Guido di Pietro Trosini, mais conhecido como Fra Angelico, (Vicchio di Mugello, 1387 — Roma, 18 de Fevereiro de 1455) foi um pintor italiano, beatificado pela Igreja Católica, considerado o artista mais importante da península na época do Gótico Tardio ao início do Renascimento.
O papa João Paulo II, em 1982, indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte e dois anos depois, o mesmo pontífice declarou-o "Padroeiro Universal dos Artistas".
É também chamado Beato Angelico, fra Giovanni ou fra Giovanni da Fiesole (fra é italiano para frei) por ter ingressado primeiro na Congregação de São Nicolau, em 1417, e passados três anos no convento dominicano de Fiesole .
Guido di Pietro, ou Guidolino "da Pietro" (i.e., filho de Pietro), porém, foi seu nome de batismo.
Ao ingressar no convento já tinha recebido treinamento artístico. Entre 1409 e 1418 foi exilado, com o resto da comunidade, por se oporem ao Papa Alexandre V. Em 1436 ele e a comunidade se deslocaram para o convento de São Marcos, em Florença, onde começou a pintar as paredes. Em 1447 e 1448 esteve em Roma, e de novo em 1452, trabalhando na corte do papa, decorando as paredes da capela do Papa Nicolau V, no Vaticano e aceitando encomendas em Orvieto. Prior do Convento de Fiesole entre 1448 e 1450, continuou a trabalhar em Roma e Florença.
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Adoração dos Reis Magos (National Gallery, Washington, DC.) |
Do ponto de vista técnico, Fra Angélico parte do gosto preciosista e delicado do gótico internacional, enriquecido com o interesse pela perspectiva característico da época. Insiste mais na linha que na cor. Pelos seus temas, pelo seu tratamento da natureza, pela sua incorporação da arquitetura, é inequivocamente renascentista. Pinta frequentemente em colaboração com os seus discípulos.
Em suas pinturas também expressa o sentimento interior das pessoas, como na Obra O Juízo Final, Fra Angelico tenta expressar o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão Medieval que era voltado somente a Deus e entrando no Renascimento que era voltado ao homem.
A maior parte das suas obras conservam-se no claustro, nas celas e nas salas do mencionado Convento de S. Marcos, cujas paredes mostram murais com cenas e figuras religiosas («Dois Dominicanos Atendendo Jesus Peregrino», «S. Pedro Mártir»). De entre os frescos da Capela Nicolina, a capela do Papa Nicolau V no Vaticano, destacam-se «A Lenda da Santo Estêvão» e «A Lenda de S. Lourenço».
Entre as suas obras principais estão o "Retábulo da Madona", em Perugia; a "Coroação da Virgem cercada por anjos músicos" (Louvre, Paris); o "Cristo cercado de anjos, patriarcas, santos e mártires" (National Gallery, Londres); a "Anunciação" (Prado, Madri); e o "Juízo final" (Galeria Nacional, Roma).
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 1982 passando a ser chamado "Beato Fra Angelico".
No dia 14 de novembro de 2006 foram encontrados mais dois painéis por eles pintados, perdidos há mais de 200 anos, numa modesta casa em Oxford, na Inglaterra.
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